O câncer de mama é uma das doenças que mais afetam mulheres no mundo, e uma pergunta frequente é se ele pode ser hereditário. A resposta é: sim, em alguns casos, o câncer de mama pode ser hereditário, mas isso não é regra. Aproximadamente 5% a 10% dos casos de câncer de mama são atribuídos a mutações genéticas herdadas. Isso significa que, na maioria das vezes, fatores ambientais e de estilo de vida desempenham um papel mais significativo no desenvolvimento da doença.
O que são mutações genéticas hereditárias?
Mutações genéticas hereditárias são alterações no DNA que são passadas de uma geração para outra. No caso do câncer de mama, as mutações mais conhecidas e estudadas estão nos genes BRCA1 e BRCA2. Esses genes são responsáveis por ajudar a reparar o DNA danificado e, portanto, atuam como “protetores” contra o desenvolvimento de tumores. Quando esses genes sofrem mutações, essa função de reparo é prejudicada, aumentando o risco de desenvolvimento do câncer de mama, bem como de outros tipos de câncer, como o câncer de ovário.
Mulheres que herdam uma mutação nos genes BRCA1 ou BRCA2 têm um risco significativamente maior de desenvolver câncer de mama em comparação com a população geral. Enquanto o risco médio de uma mulher desenvolver câncer de mama ao longo da vida é de cerca de 12%, esse risco pode chegar a 65% ou mais para aquelas que possuem uma mutação em um desses genes.
Fatores de risco familiares
Ter casos de câncer de mama na família não significa necessariamente que ele seja hereditário. Muitas vezes, a doença aparece em várias gerações devido a fatores ambientais ou comportamentais comuns, como dieta, exposição a substâncias nocivas ou até mesmo hábitos de vida similares. No entanto, certos padrões podem indicar uma predisposição genética, como:
- Câncer de mama em vários parentes de primeiro grau (mãe, irmã ou filha).
- Diagnóstico de câncer de mama em mulheres com menos de 50 anos.
- Presença de câncer de mama em homens na família.
- Diagnósticos de câncer de ovário ou outros tipos associados a mutações genéticas, como o de pâncreas ou próstata.
Quando buscar aconselhamento genético?
Se você tem um histórico familiar de câncer de mama ou de outros tipos associados a mutações genéticas, pode ser importante procurar aconselhamento genético. Um conselheiro genético poderá avaliar o risco de câncer hereditário com base no seu histórico familiar e, se necessário, recomendar testes genéticos para verificar a presença de mutações nos genes BRCA1, BRCA2 ou outros associados ao câncer de mama.
Esses testes podem fornecer informações valiosas sobre o risco de desenvolver a doença e, dependendo dos resultados, estratégias preventivas ou de rastreamento mais intensivo podem ser sugeridas. Algumas mulheres optam por medidas preventivas, como a mastectomia profilática (remoção preventiva dos seios), enquanto outras preferem um acompanhamento médico mais frequente, com exames de imagem e exames clínicos regulares.
Fatores não hereditários no câncer de mama
Embora a questão hereditária seja importante, é fundamental lembrar que a maioria dos casos de câncer de mama não está relacionada a mutações genéticas. Fatores de risco não hereditários, como idade avançada, sedentarismo, consumo de álcool, obesidade e uso prolongado de terapia hormonal, também desempenham um papel significativo no desenvolvimento da doença.
Por isso, independentemente do histórico familiar, adotar um estilo de vida saudável, realizar exames de rotina e estar atenta aos sinais do corpo são práticas essenciais na prevenção e no diagnóstico precoce do câncer de mama.
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