Brasil é um dos líderes em câncer de cabeça e pescoço

O câncer de cabeça e pescoço é um problema grave e atinge muitas pessoas ao redor do mundo. De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), foram registrados mais de 15 mil novos casos de câncer na cavidade oral e cerca de 7 mil casos de câncer de laringe em 2016.

Conversamos com o Dr. Leandro Matos, médico cirurgião de cabeça e pescoço do Centro de Oncologia do ABC. Ele falou um pouco mais sobre a doença em si, tratamentos e prevenções.

Existem sinais de alerta quanto à suspeita de câncer de cabeça e pescoço. Entre eles úlceras orais que não cicatrizam após 21 dias, ou rouquidão persistente pelo mesmo período. O especialista informa que isso é devido ao fato do câncer da boca e da laringe, serem os mais frequentes.

Existem múltiplas opções de tratamento que podem ser empregadas, combinadas ou isoladamente. Elas envolvem cirurgia, quimioterapia e radioterapia. São tumores que, caso diagnosticados precocemente, têm grande chance de cura. Porém, em casos avançados, essas taxas podem ser muito baixas.

Prevenção é essencial

O Dr. Leandro alerta que, sobre o câncer de boca, o tabagismo é o principal fator de risco. Mas o uso abusivo de álcool e infecção pelo papiloma vírus humano (HPV), adquirido por relação sexual desprotegida, também podem contribuir para a aparição da doença.

O Brasil, infelizmente, ainda é um país com grande incidência da doença. Os cânceres de cabeça e pescoço, quando agrupados, representam o segundo tipo mais frequente de câncer nos homens brasileiros. Os casos são mais altos nos países com baixos níveis socioeconômicos, com altas taxas de tabagismo e abuso do álcool.

Antes de qualquer revolução no tratamento desse tipo de câncer, é muito importante que o foco seja a prevenção, ou seja, parar de fumar e de beber são os passos mais importantes para diminuir as chances de adquirir a doença. Lembrando que o uso de camisinha nas relações sexuais é fundamental para se proteger contra uma DST (Doença Sexualmente Transmitível).

O apoio multiprofissional para sucesso no tratamento do câncer

Segundo o médico, o atendimento humanizado é de suma importância e faz a diferença para os portadores da doença. “Esses pacientes necessitam de um apoio multiprofissional que envolve cirurgião, oncologista, psicologia, nutrição, cuidados de enfermagem e muito apoio da família”, comenta Matos.

O CEONABC é referência em diagnóstico e tratamento do câncer, e nosso corpo clínico conta com especialistas de diversas áreas. Estamos sempre prontos para atender todos os pacientes da melhor forma, além de marcarmos presença nos maiores eventos em Oncologia. Pelo Brasil e pelo mundo, estamos sempre buscando a atualização e aprendizado.

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Veja entrevista do Dr. Daniel Cubero à Folha de S.Paulo

O Dr. Daniel Cubero, Médico do Centro de Oncologia do ABC (CEONABC) e Professor Assistente da Faculdade de Medicina do ABC, participou de matéria sobre efeitos colaterais no tratamentos contra o câncer e como proteger os pacientes. O artigo foi publicado pelo jornal Folha de S.Paulo, nesta Segunda-Feira, 24/07.

Foi discutida a importância do acompanhamento dermatológico durante o tratamento contra o câncer, que pode causar diversas lesões na pele. Dr. Daniel conta que, em certos casos,  o paciente manifesta sinais de ressecamento, queimaduras ou lesões devido ao tratamento. É preciso interrompê-lo, então, ou trocá-lo por terapias mais antigas. Elas oferecem menos efeitos colaterais, mas ao mesmo tempo não garantem uma sobrevida tão longa.

“Começamos a vivenciar situações onde os efeitos colaterais na pele eram proibitivos para a sequência de um tratamento oncológico importante para o paciente”, diz o especialista.

INTERIOR E EXTERIOR

Dr. Daniel concorda que é essencial dar atenção para as consequências sofridas na pele. Uma boa aparência reflete em um resultado mais efetivo do tratamento, melhorando a autoestima e o bem-estar. Isso dá mais motivação para o paciente seguir na luta contra a doença. “Os pacientes sentem dor por fora e por dentro”, afirma.

A Dra. Dolores Gonzalez Fabra, dermatologista e parceira do Dr. Daniel na Faculdade de Medicina do ABC, conta que a ideia de montar um serviço de dermatologia aliado ao tratamento oncológico surgiu no Brasil há 13 anos. Estudos comprovam que essa prática diminui em 82% o sofrimento dos pacientes.

O CEONABC oferece aos seus pacientes um acompanhamento completo para o tratamento contra o câncer. Com especialistas de diversas áreas, como ginecologia, mastologia, fisioterapia e nutrição, é possível realizar todo o acompanhamento e e recuperação da doença em um único local, com médicos e profissionais habilitados para lidar com a situação e em constante integração.

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Como funciona o tratamento de radioterapia?

radioterapia

Muitas pessoas se assustam ao ouvirem o termo “radioterapia”, e o associam a uma medida drástica na tentativa de salvar a vida de um paciente com câncer, mas podemos afirmar que a radioterapia não é uma medida drástica e sim, uma medida prática no combate as células cancerígenas.

Para que você entenda melhor, desenvolvemos este artigo com as informações necessárias em relação à radioterapia. Confira abaixo:

Para começo de papo:

A radioterapia é um dos métodos capazes de destruir células tumorais, empregando feixe de radiações ionizantes. Uma dose pré-calculada de radiação é aplicada, em um determinado tempo, a um volume de tecido que engloba o tumor, buscando erradicar todas as células tumorais, com o menor dano possível às células normais circunvizinhas, à custa das quais se fará a regeneração da área irradiada.

As radiações ionizantes são eletromagnéticas ou corpusculares e carregam energia. Ao interagirem com os tecidos, dão origem a elétrons rápidos que ionizam o meio e criam efeitos químicos como a hidrólise da água e a ruptura das cadeias de ADN. A morte celular pode ocorrer, então, por variados mecanismos, desde a inativação de sistemas vitais para a célula até sua incapacidade de reprodução.

A resposta dos tecidos às radiações depende de diversos fatores, tais como a sensibilidade do tumor à radiação, sua localização e oxigenação, assim como a qualidade e a quantidade da radiação e o tempo total em que ela é administrada.

Para que o efeito biológico atinja maior número de células neoplásicas e a tolerância dos tecidos normais seja respeitada, a dose total de radiação a ser administrada é, habitualmente, fracionada em doses diárias iguais, quando se usa a terapia externa.

Radiossensibilidade e radiocurabilidade

A velocidade da regressão tumoral representa o grau de sensibilidade que o tumor apresenta às radiações. Depende, fundamentalmente, da sua origem celular, do seu grau de diferenciação, da oxigenação e da forma clínica de apresentação. A maioria dos tumores radiossensíveis são radiocuráveis. Entretanto, alguns se disseminam independentemente do controle local; outros apresentam sensibilidade tão próxima a dos tecidos normais, que esta impede a aplicação da dose de erradicação. A curabilidade local só é atingida quando a dose de radiação aplicada é letal para todas as células tumorais, mas não ultrapassa a tolerância dos tecidos normais.

Indicações da radioterapia

Como a radioterapia é um método de tratamento local e/ou regional, pode ser indicada de forma exclusiva ou associada a outros métodos terapêuticos. Em combinação com a cirurgia, poderá ser pré, per ou pós-operatória. Também pode ser indicada antes, durante ou logo após a quimioterapia.

A radioterapia pode ser radical (ou curativa) quando se busca a cura total do tumor; remissiva, quando o objetivo é apenas a redução tumoral; profilática, quando se trata a doença em fase subclínica, isto é, não há volume tumoral presente, mas possíveis células neoplásicas dispersas; paliativa, quando se busca a remissão de sintomas tais como dor intensa, sangramento e compressão de órgãos; e ablativa, quando se administra a radiação para suprimir a função de um órgão, como, por exemplo, o ovário, para se obter a castração actínica.

Veja abaixo algumas perguntas frequentes com relação à radioterapia:

O que é radioterapia?

É um tratamento no qual se utilizam radiações para destruir um tumor ou impedir que suas células aumentem. Estas radiações não são vistas e durante a aplicação, o paciente não sente nada. A radioterapia pode ser usada em combinação com a quimioterapia ou outros recursos usados no tratamento dos tumores.

Quais os benefícios da radioterapia?

Metade dos pacientes com câncer são tratados com radiações, e é cada vez maior o número de pessoas que ficam curadas com este tratamento. Para muitos pacientes, é um meio bastante eficaz, fazendo com que o tumor desapareça e a doença fique controlada, ou até mesmo curada.

Quando não é possível obter a cura, a radioterapia pode contribuir para a melhoria da qualidade de vida, isso porque as aplicações diminuem o tamanho do tumor, o que alivia a pressão, reduz hemorragias, dores e outros sintomas, proporcionando alívio aos pacientes.

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Como é feita a radioterapia?

O número de aplicações necessárias pode variar de acordo com a extensão e a localização do tumor, dos resultados dos exames e do estado de saúde do paciente.

Para programar o tratamento, é utilizado um aparelho chamado simulador. Através de radiografias, o médico delimita a área a ser tratada, marcando a pele com uma tinta vermelha. Para que a radiação atinja somente a região marcada, em alguns casos pode ser feito um molde de gesso ou de plástico, para que o paciente se mantenha na mesmo posição durante a aplicação.
O paciente ficará deitado sob o aparelho, que estará direcionado para o traçado sobre a pele. É possível que sejam usados protetores de chumbo entre o aparelho e algumas partes do corpo, para proteger os tecidos e órgãos sadios.

De acordo com a localização do tumor, a radioterapia é feita de duas formas:

– Os aparelhos ficam afastados do paciente, sendo chamada de Teleterapia ou Radioterapia Externa.

– Os aparelhos ficam em contato com o organismo do paciente, sendo chamada Braquiterapia ou Radioterapia de Contato. Esse tipo trata tumores da cabeça, do pescoço, das mamas, do útero, da tiroide e da próstata. As aplicações podem ser feitas em ambulatório, mas no caso de tumores ginecológicos, há necessidade de hospitalização de pelo menos três dias. Pode ser necessário receber primeiro a Radioterapia Externa e depois a Braquiterapia.

Quais os possíveis efeitos da radioterapia e o que fazer quando surgirem?

A intensidade dos efeitos da radioterapia depende da dose do tratamento, da parte do corpo tratada, da extensão da área radiada, do tipo de radiação e do aparelho utilizado. Geralmente, aparecem na terceira semana de aplicação e desaparecem poucas semanas depois de terminado o tratamento, podendo durar mais tempo. Os efeitos indesejáveis mais frequentes são:

– Cansaço: o paciente deve diminuir as atividades e descansar nas horas livres. Algumas pessoas preferem se afastar do trabalho, outras trabalham menos horas no período de tratamento.

– Perda de apetite e dificuldade para ingerir alimentos: é recomendável comer pouco e em mais vezes. O paciente deve ingerir coisas leves e variar a comida para melhorar o apetite. Fazer uma caminhada antes das refeições também ajuda. Em alguns casos, a saliva torna-se mais espessa e altera o sabor dos alimentos, mas após o término do tratamento, o paladar irá melhorar.

– Reação da pele: A pele que recebe radiação poderá coçar, ficar vermelha, irritada, queimada ou bronzeada, tornando-se seca e escamosa. É importante informar ao médico, durante as consultas de revisão, qualquer das seguintes situações: febre igual ou acima de 38°C, dores, assaduras e bolhas ou secreção na pele. Alguns cuidados podem reduzir essas sensações:

– Lavar a área com água e sabão, e enxugar com uma toalha macia, sem esfregar;

– Não usar na área em tratamento, cremes, loções, talcos, desodorantes, perfumes, medicações ou qualquer outra substância não autorizada pelo médico. Isso pode alterar a reação da radioterapia;

– Utilizar qualquer tipo de curativo na pele (como gaze ou band-aid) com a orientação médica;

– Não utilizar sacos de água quente ou gelo, saunas, banhos quentes, lâmpadas solares ou qualquer outro material sobre a pele em tratamento;

– Proteger a pele da luz solar até um ano depois do fim do tratamento, usando protetor solar fator 15 ou uma blusa/camiseta.

– Evitar usar roupas apertadas, soutiens, camisas com colarinhos, calças jeans etc.; não usar tecidos sintéticos do tipo nylon, lycra, cotton ou tecidos mistos com muita fibra sintética. A roupa deve ser feita de algodão.

Fonte: INCA.

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