Início do verão, o câncer de pele e o Dezembro Laranja

Com sete anos de história recém-completados, o Dezembro Laranja é mais uma campanha que visa conscientizar a população sobre o câncer, desta vez voltada ao câncer de pele.

O mês de escolha para essa campanha não poderia ser mais propício, já que em dezembro ocorre o início do verão.

Por isso, aproveitaremos esse post para falar um pouco mais sobre o câncer de pele, sobre a campanha e os cuidados que devem ser tomados pelas pessoas durante a estação.

1. O câncer de pele e o Dezembro Laranja

É um dos tipos de câncer com maior incidência no Brasil, com aproximadamente 180 mil novos casos a cada ano, e no mundo também.

Apesar do número altíssimo de casos, é também um câncer com uma grande probabilidade de cura, tendo em vista que, quando diagnosticado precocemente, apresenta mais de 90% de chance de sucesso do tratamento.

Esse é um dos principais motivos que faz do Dezembro Laranja uma campanha tão importante, tendo em vista que a prevenção é o melhor caminho para evitá-lo ou aumentar as chances da doença ser detectada em estágios iniciais.

O câncer de pele possui duas classificações distintas, sendo elas: melanoma e não melanoma.

No caso do melanoma, este é um tipo mais raro, que pode apresentar mais complicações para o paciente e que pode aparecer em qualquer região do corpo.

O não melanoma é mais frequente, apresenta menor gravidade e costuma ocorrer em regiões do corpo das quais estão mais expostas ao sol como, por exemplo, rosto, pescoço e orelhas.

2. O que pode aumentar o risco do câncer de pele e como se proteger dele?

Bom, como no verão é comum que as pessoas fiquem mais expostas ao sol, seja pelas frequentes idas à praia, piscina ou por fugir da rotina habitual, o alerta para o câncer de pele é ligado.

Isso porque um dos principais fatores dele é a exposição prolongada e repetida ao sol, principalmente nos períodos da infância e adolescência.

Além disso, pessoas que tenham pele e olhos claros ou são albinas representam uma maior possibilidade de desenvolver a doença, assim como aqueles que possuem história familiar ou pessoal de câncer de pele.

Desta forma, para reduzir a possibilidade da manifestação da doença, é preciso evitar a exposição prolongada ao sol entre 10h da manhã às 4h da tarde, usar a proteção adequada caso esteja na praia como, por exemplo, sombrinhas, barracas, chapéu com aba larga e óculos escuros com proteção UV.

É imprescindível o uso de protetor solar, que também deve ser retocado caso você fique por um tempo considerável de tempo sob o sol, mesmo que o produto seja considerado “à prova d’água”.

PROTETOR SOLAR: SEU ALIADO CONTRA O CÂNCER DE PELE

Você sabe por que usamos protetor solar? Seus avós te fizeram acreditar que não passa de uma moda nova, já que eles usavam óleo com urucum quando iam à praia? Na verdade, não é bem assim.

As primeiras versões do protetor solar remontam ao Egito antigo, em 7800 a.C, feitos de mamona, extratos de jasmim e óleos de amêndoas. Já em 400 a.C, na Grécia, os competidores dos Jogos Olímpicos (que eram disputados nus), utilizavam o óleo de oliva para se protegerem.

Foi apenas em 1944, no entanto, que um protetor solar realmente efetivo surgiu. O americano Benjamin Greene criou uma mistura avermelhada a partir do petróleo, para prevenir as queimaduras que os soldados vinham sofrendo na Segunda Guerra Mundial, pela exposição solar exaustiva nos campos de batalha.

Atualmente, o protetor solar é algo indispensável e a conscientização do seu uso vem sendo cada vez mais ampliada. Você sabia que a incidência de raios solares em dias nublados é praticamente a mesma de dias ensolarados?

Veja a seguir tudo o que você precisa saber sobre esse produto tão importante.

 

Benefícios do protetor solar

Um dos principais benefícios do uso regular de protetor solar é a prevenção ao câncer de pele.

O câncer surge a partir do momento em que as células sofrem uma mutação a passam a se reproduzir fora do padrão e desorganizadamente, criando um tumor. No câncer de pele não é diferente, e um dos maiores motivos que provoca a construção dos tecidos neoplásicos indesejados é a ação frequente e desprotegida aos raios ultravioleta (UV), provenientes da luz solar.

Entre os benefícios que são encontrados com o uso constante do protetor solar, podemos citar:

  • Evita o envelhecimento precoce;
  • Previne rugas, sardas e manchas indesejadas na pele;
  • Protege contra os raios UV, que são os maiores agentes do câncer de pele;

 

Como identificar meu fator de proteção

Existem diferentes fototipos, ou seja, graus de pele que exigem mais ou menos proteção.

  • Fototipos 1 e 2 são aqueles de peles muito claras, que costumam ter sardas e não conseguem se bronzear, ficando apenas vermelha. Esses fototipos demandam um fator de proteção FPS de 60 ou mais.
  • Fototipos 3 e 4 vêm de uma pele um pouco mais morena e que se bronzeia com mais facilidade. Esse tipo de pele requer um fator FPS de 50 ao começar a se expor ao sol, e um fator 30 depois de já adquirida uma cor.
  • Os fototipos 5 e 6 são caracterizados por peles escuras, que não sofrem com queimaduras, mas ainda necessitam de proteção contra o câncer de pele. Nesses casos, o fator de proteção deve ser de, no mínimo, 15.

Vale lembrar que os protetores de rosto são diferentes dos protetores corporais, e devem fator de proteção de no mínimo 30, até para as peles mais escuras.

 

Como aplicar o protetor solar corretamente

A ação contra os raios UV depende uma aplicação correta do protetor solar, que pode ter seu efeito bastante reduzido ou completamente anulado, se o uso não for bem feito.

  • O protetor não deve ser aplicado com a pele molhada, e é preciso espera-lo secar para se vestir e aguardar sua absorção completa para que comece a agir;
  • Protetores em forma de creme devem ser aplicados com movimentos circulares;
  • Protetores em gel devem respeitar um sentido único de aplicação, para que não esfarele e o efeito não se perca;
  • Protetores em spray não devem ser espalhados, apenas aplicados diretamente, o que exigirá uma maior quantidade de produto
  • O uso do protetor no rosto deve ser feito, no mínimo, duas vezes ao dia. Ambientes internos também oferecem radiação UV, seja por lâmpadas ou até mesmo pela tela de computadores e celulares. Caso a exposição ao sol seja diretamente ao ar livre, é importante reaplicar o protetor a cada duas horas;
  • Deve-se aplicar uma quantidade de meia colher de chá de protetor solar no rosto, e uma colher de chá para cada região do corpo (braços, pernas, costas);
  • Regiões como mãos, pés e orelhas não devem ser esquecidas, pois podem oferecer riscos de surgimento de câncer.

 

Identificando os tipos de radiação

Os raios UV têm desdobramentos. Os raios UVA são menos intensos e responsáveis pelo bronzeamento, e não é bloqueado 100% pelo protetor solar.

Os raios UVB são mais fortes entre às 10h e 16h, e podem causar queimaduras e câncer de pele. Também auxiliam na produção de vitamina D no organismo.

Existe também a radiação infravermelha. Ela é mais branda, mas contribui para o envelhecimento e aumenta a sensação de calor.

Ficou com alguma dúvida? Consulte nossos especialistas e se informe mais sobre esse assunto.

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