Centro de Oncologia do ABC discute as novidades da Medicina

convite evento CEONABC

Aconteceu no dia 21 de junho, na sede de São Caetano do Centro de Oncologia do ABC, o evento “As Novas Tendências em Câncer de Mama”, que promoveu um encontro com uma interação especial das equipes de oncologia e mastologia do ABC.

As palestras reuniram os temas “Hormonioterapia Paliativa na Era Molecular” e o “Papel da Oncoplastia no Tratamento do Câncer de Mama Inicial”, com uma grande interação entre as equipes.

O bate-papo com a mastologista Dra. Andrea C.H Cubero apresentou uma aula muito interessante sobre oncoplastia, o uso da cirurgia plástica para reduzir impactos no tratamento do câncer de mama, e discutiu a respeito dos gastos com a saúde e o acesso a tratamentos específicos.

A oncologista Dra. Patricia Xavier Santi falou sobre a neoplasia de mama receptora de hormônio positivo metastática, onde foi discutida a obtenção dos remédios de via oral pela saúde suplementar e o impacto do rol da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

PROTETOR SOLAR: SEU ALIADO CONTRA O CÂNCER DE PELE

Você sabe por que usamos protetor solar? Seus avós te fizeram acreditar que não passa de uma moda nova, já que eles usavam óleo com urucum quando iam à praia? Na verdade, não é bem assim.

As primeiras versões do protetor solar remontam ao Egito antigo, em 7800 a.C, feitos de mamona, extratos de jasmim e óleos de amêndoas. Já em 400 a.C, na Grécia, os competidores dos Jogos Olímpicos (que eram disputados nus), utilizavam o óleo de oliva para se protegerem.

Foi apenas em 1944, no entanto, que um protetor solar realmente efetivo surgiu. O americano Benjamin Greene criou uma mistura avermelhada a partir do petróleo, para prevenir as queimaduras que os soldados vinham sofrendo na Segunda Guerra Mundial, pela exposição solar exaustiva nos campos de batalha.

Atualmente, o protetor solar é algo indispensável e a conscientização do seu uso vem sendo cada vez mais ampliada. Você sabia que a incidência de raios solares em dias nublados é praticamente a mesma de dias ensolarados?

Veja a seguir tudo o que você precisa saber sobre esse produto tão importante.

 

Benefícios do protetor solar

Um dos principais benefícios do uso regular de protetor solar é a prevenção ao câncer de pele.

O câncer surge a partir do momento em que as células sofrem uma mutação a passam a se reproduzir fora do padrão e desorganizadamente, criando um tumor. No câncer de pele não é diferente, e um dos maiores motivos que provoca a construção dos tecidos neoplásicos indesejados é a ação frequente e desprotegida aos raios ultravioleta (UV), provenientes da luz solar.

Entre os benefícios que são encontrados com o uso constante do protetor solar, podemos citar:

  • Evita o envelhecimento precoce;
  • Previne rugas, sardas e manchas indesejadas na pele;
  • Protege contra os raios UV, que são os maiores agentes do câncer de pele;

 

Como identificar meu fator de proteção

Existem diferentes fototipos, ou seja, graus de pele que exigem mais ou menos proteção.

  • Fototipos 1 e 2 são aqueles de peles muito claras, que costumam ter sardas e não conseguem se bronzear, ficando apenas vermelha. Esses fototipos demandam um fator de proteção FPS de 60 ou mais.
  • Fototipos 3 e 4 vêm de uma pele um pouco mais morena e que se bronzeia com mais facilidade. Esse tipo de pele requer um fator FPS de 50 ao começar a se expor ao sol, e um fator 30 depois de já adquirida uma cor.
  • Os fototipos 5 e 6 são caracterizados por peles escuras, que não sofrem com queimaduras, mas ainda necessitam de proteção contra o câncer de pele. Nesses casos, o fator de proteção deve ser de, no mínimo, 15.

Vale lembrar que os protetores de rosto são diferentes dos protetores corporais, e devem fator de proteção de no mínimo 30, até para as peles mais escuras.

 

Como aplicar o protetor solar corretamente

A ação contra os raios UV depende uma aplicação correta do protetor solar, que pode ter seu efeito bastante reduzido ou completamente anulado, se o uso não for bem feito.

  • O protetor não deve ser aplicado com a pele molhada, e é preciso espera-lo secar para se vestir e aguardar sua absorção completa para que comece a agir;
  • Protetores em forma de creme devem ser aplicados com movimentos circulares;
  • Protetores em gel devem respeitar um sentido único de aplicação, para que não esfarele e o efeito não se perca;
  • Protetores em spray não devem ser espalhados, apenas aplicados diretamente, o que exigirá uma maior quantidade de produto
  • O uso do protetor no rosto deve ser feito, no mínimo, duas vezes ao dia. Ambientes internos também oferecem radiação UV, seja por lâmpadas ou até mesmo pela tela de computadores e celulares. Caso a exposição ao sol seja diretamente ao ar livre, é importante reaplicar o protetor a cada duas horas;
  • Deve-se aplicar uma quantidade de meia colher de chá de protetor solar no rosto, e uma colher de chá para cada região do corpo (braços, pernas, costas);
  • Regiões como mãos, pés e orelhas não devem ser esquecidas, pois podem oferecer riscos de surgimento de câncer.

 

Identificando os tipos de radiação

Os raios UV têm desdobramentos. Os raios UVA são menos intensos e responsáveis pelo bronzeamento, e não é bloqueado 100% pelo protetor solar.

Os raios UVB são mais fortes entre às 10h e 16h, e podem causar queimaduras e câncer de pele. Também auxiliam na produção de vitamina D no organismo.

Existe também a radiação infravermelha. Ela é mais branda, mas contribui para o envelhecimento e aumenta a sensação de calor.

Ficou com alguma dúvida? Consulte nossos especialistas e se informe mais sobre esse assunto.

OS BENEFÍCIOS PARA O DOADOR DE SANGUE NO BRASIL

A doação de sangue é um ato de solidariedade e que pode salvar inúmeras vidas. Porém, muitas pessoas ainda são resistentes à essa prática, seja por medo, insegurança ou simplesmente falta de informação sobre o assunto.

A prática da doação de sangue e medula óssea, no entanto, vem sendo incentivada por todo o país, com campanhas voltadas para o doador em potencial e com a inclusão de benefícios direcionados aos doadores.

COMPROMISSOS LEGAIS PARA COM OS DOADORES

Para os trabalhadores com carteira assinada, é garantido por lei um dia de folga por ano para aquele que doar sangue, sem desconto no salário (o mesmo vale para a doação de medula, que precisa de um cadastro prévio e análise para sua realização).

Se o benefício acima vale para todo o território nacional, há outros que variam de estado para estado, ou de município para município, e é importante consulta-los nas páginas online das secretarias de saúde municipais e estaduais em questão, bem como as leis que estão sendo desenvolvidas e em processo de aprovação no momento.

ALGUNS BENEFÍCIOS DOS DOADORES

  • Cobertura de todos os gastos com o deslocamento do doador até o centro de doação;
  • Precedência ao agendar exames no SUS;
  • Atendimento prioritário em consultas médicas e odontológicas em hospitais do SUS ou em unidades ligadas a ele;
  • Direito a desconto de 50% em ingressos referentes a atividades culturais e de lazer, em organizações públicas e privadas que tenham conveniência com a prática, entre teatros, parques, feiras, estádios, cinemas, entre outros (Paraná e Espírito Santo).
  • Isenção de taxas de concursos públicos municipais e atendimento prioritário em comércios e bancos (Amazonas).

Os benefícios citados acima são, sem dúvida, de muita relevância para o incentivo da doação de sangue, mas o maior deles com certeza é a satisfação ao realizar uma ação simples que pode mudar a vida de pessoas que estão sofrendo e precisam de ajuda.

Olivia Newton-John e o câncer de mama

A atriz Olivia Newton-John, do filme Grease, revelou que seu câncer de mama voltou

O câncer de mama é um dos tumores mais comuns que afetam a vida das mulheres, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca). O levantamento realizado pelo instituto estima que, em 2016, mais de 57 mil pessoas foram diagnosticadas com o tumor.

Recentemente, a atriz e cantora britânica Olivia Newton-John (68), estrela do filme “Grease – Nos Tempos da Brilhantina” (1978), anunciou em sua página da internet que estava sofrendo com a doença.

Olivia já havia sido diagnosticada, em 1992, com o mesmo tipo de câncer. Agora, além da mama, o tumor se espalhou pela coluna. “A dor nas costas que inicialmente causou o adiamento da primeira metade da sua turnê de shows se mostrou ser um câncer de mama que entrou em metástase para o sacro”, disse o comunicado oficial da assessoria da atriz. Por conta disso, a cantora precisará adiar seus shows da turnê de junho pelos Estados Unidos e Canadá.

Com relação aos tratamentos, a artista foi orientada a utilizar terapias naturais e sessões de radioterapia. Seu retorno aos palcos está previsto para o final do ano.

O histórico familiar da atriz de Grease acaba tornando-se um fator de risco, já que seu pai faleceu por conta da doença. Em 2013, a irmã foi diagnosticada, aos 70 anos, com um tumor no cérebro e não resistiu.

Primeiro diagnóstico do câncer de mama

Em 1992, a cantora precisou passar por uma cirurgia de mastectomia parcial, tratamentos com quimioterapia e teve que realizar uma reconstrução mamária quando descobriu o seu primeiro câncer de mama.

Ela mudou sua vida por completo, aderindo hábitos de vida mais saudáveis e virando adepta à meditação.

Centro de Bem-Estar e Pesquisas sobre o Câncer Olivia Newton-John

Após sofrer com o drama da doença nos anos 90 e perder familiares próximos pela doença, a atriz ficou motivada a abrir seu próprio centro de pesquisas sobre o câncer, o Olivia Newton-John Cancer Wellness e Research Centre, localizado em Melbourne, na Austrália.
O instituto é focado em pesquisas e tratamentos alternativos contra a doença. Parte da renda obtida em shows da artista pelo mundo são revertidas para a instituição.

Com o centro, ela acredita ser possível transformar a luta pelo câncer em algo positivo, ajudando outras pessoas a passarem pelo momento com apoio não somente ao paciente, mas também aos familiares, além de buscar novos caminhos para, finalmente, encontrar a cura para a doença.

Tudo sobre o Câncer Feminino (Trilha de Conteúdo)

Sintomas do câncer de mama: Elimine de vez as preocupações

A grande maioria das mulheres assustam-se quando se fala de sintomas do câncer de mama, porém este assunto não é tão complexo quanto parece ser.
O que todas as mulheres devem saber é que o câncer é uma doença silenciosa e não causa dores iniciais, por isso é de extrema importância a participação no programa de acompanhamento e prevenção contra o câncer de mama.
Quando os sintomas do câncer de mama costumam surgir, é sinal de que a doença já está em uma fase mais avançada, e isso se dá por conta do não acompanhamento ou aderência tardia ao programa de prevenção ao câncer de mama.
É importante que todas as mulheres conheçam e entendam quais são os sintomas do câncer de mama, e que não esperem para conhecê-los pessoalmente.

Se você sente dores nas mamas e está com medo de que isso seja câncer de mama, fique um pouco mais aliviada, pois há enormes possibilidades de que isso não seja câncer , para entender melhor clique aqui. (hiperlink artigo Câncer de mama doi?).

Preparamos alguns tópicos que servirão de orientação contra o câncer de mama, confira abaixo:

• Quando participar do programa de acompanhamento e prevenção ao câncer de mama?
• Prevenção contra o câncer de mama;
• Sintomas do câncer de mama;
• Principal vilão causador do câncer de mama;
• Tratamento contra o câncer de mama.

Quando participar do programa de acompanhamento e prevenção ao câncer de mama?

Todas as mulheres acima de 50 anos devem participar, mas existem casos que será necessário adiantar esse acompanhamento.
Se houver histórico familiar de casos de câncer de mama, é recomendado que a pessoa inicie esse acompanhamento 10 anos anteriores à idade da qual o parente próximo apresentou câncer de mama.
Por exemplo: Se a mãe foi diagnosticada com câncer de mama aos 52 anos de idade, é recomendável que a filha comece o acompanhamento de prevenção aos 42 anos.

Prevenção contra o câncer de mama
De modo geral, a prevenção é baseada no controle dos fatores de risco e no estímulo aos fatores protetores.
Estima-se que por meio da alimentação, nutrição e atividade física, é possível reduzir em até 28% o risco da mulher desenvolver o câncer de mama. Controlar o peso corporal , evitando a obesidade, por meio da alimentação saudável e da prática regular de exercícios físicos, e evitar o consumo de bebidas alcoólicas são recomendações básicas para prevenir o câncer de mama. A amamentação também é considerada um fator protetor.
A terapia de reposição hormonal (TRH), quando estritamente indicada, deve ser feita sob-rigoroso controle médico e pelo mínimo de tempo necessário.

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Sintomas do câncer de mama

A principal manifestação da doença é o nódulo endurecido e geralmente indolor. O nódulo está presente em cerca de 90% dos casos quando o câncer é percebido pela mulher.
Outros sinais e sintomas são:

• Pele da mama avermelhada;
• Pele da mama retraída ou com aparência de casca de laranja;
• Alterações no bico do peito (mamilo);
• Pequenos nódulos nas axilas ou no pescoço;
• Saída de líquido anormal nas mamas.

É importante saber que estes sintomas podem estar relacionados a doenças benignas da mama, porém devem ser investigados.

Principal vilão causador do câncer de mama

O principal vilão causador do câncer de mama, que pode ser evitado, é o cigarro. Podemos dizer que prevenir o tabagismo é também prevenir o câncer de mama. Além do mais, prevenindo o tabagismo, a mulher estará evitando muitos outros cânceres e doenças que são causadas pelo cigarro.

Tratamento contra o câncer de mama

Existem cinco grupos diferentes de tratamentos contra o câncer de mama, são estes: cirurgia, radioterapia, quimioterapia, hormônio terapia e drogas alvo moleculares. Em cada uma dessas fases, existirão recomendações específicas, mas em geral recomenda-se que a paciente mantenha sua rotina mais próxima do normal possível, mantendo-se de cabeça ocupada, pois como diz o velho ditado: “Cabeça vazia só pensa em bobagem.”
O tratamento contra o câncer de mama não dura uma semana ou um mês, se estende por anos ao longo da vida da paciente com câncer de mama. Neste longo período teremos fases que exigirão um pouco mais de dedicação e outras mais tranquilas. A ideia principal não é parar a vida para tratar o câncer de mama, e sim continuar levando-a o mais próximo do normal e em paralelo, dar continuidade ao tratamento contra o câncer de mama.
Na medida em que a paciente é diagnosticada com câncer de mama, ela será acompanhada por um serviço especializado e receberá orientações específicas.

A fase de tratamento intensivo leva um tempo e gira em torno de 6 meses entre cirurgia, radioterapia e quimioterapia. Para algumas mulheres é necessário hormônio terapia, que costuma durar por anos, mas este tratamento não costuma gerar impactos significativos na vida da paciente. Durante todo o período de tratamento, a paciente receberá acompanhamento, que no início será um auxílio mais próximo e depois será com um intervalo mais longo entre uma consulta e outra.

Após o tratamento existe sim um acompanhamento específico para a paciente, que geralmente será de três em três meses nos dois primeiros anos. Já no terceiro ano, este intervalo aumenta para quatro em quatro meses. No quinto e no sexto anos, as pacientes são vistas a cada 6 meses e após esse longo período, o acompanhamento passa a ser realizado uma vez ao ano pelo resto da vida da paciente.

Nessa fase de assistência, após o tratamento, o foco do acompanhamento passa a ser a saúde da paciente e não mais o retorno da doença.
A grande maioria das mulheres que seguem o programa de prevenção do câncer de mama são diagnosticadas em fases iniciais e não necessitam chegar a fase de quimioterapia. Costumam chegar a esse nível de tratamento as mulheres que iniciaram tardiamente o programa de prevenção, e em alguns casos, quando a doença é um pouco mais agressiva.

Você gostou deste artigo? veja também “Câncer de mama dói?”

Campanha Viva Melhor

Viva Melhor

Olá, tudo bem?

Em parceria com o Grupo Viva Melhor, o Centro de Oncologia do ABC trouxe uma novidade para você, a campanha Viva Melhor.

Esta campanha tem o intuito de trazer inspiração a todas as mulheres que irão começar o tratamento contra o câncer ou que já passam por um tratamento, com o depoimento de grandes guerreiras que se submeteram ao tratamento contra o câncer de mama e em alguns casos, a mastectomia.

Como funcionará esta campanha?

Temos uma página de lançamento com quatro depoimentos, após isso, divulgaremos esta campanha através da nossa página no facebook. Toda semana, será lançado um post com fotos de um ensaio de mulheres que lutaram e lutam contra o câncer de mama, e são voluntárias do Grupo Viva Melhor junto com o seu depoimento. Essas guerreiras também serão divulgadas em nosso site, local em que você poderá deixar seu e-mail e receber em primeira mão as imagens e os depoimentos.

Qual é o sentido desta campanha?

Sabemos que a mulher deseja sempre manter a sua autoestima preservada, e algumas das características marcantes na autoestima da mulher são os cabelos e as mamas. No geral, quando se fala de câncer de mama, a mulher tem muito medo de perder parte de suas características de autoestima.

Muitas mulheres, às vezes, deixam de se submeter ao tratamento contra o câncer de mama, com medo dos possíveis efeitos colaterais que estão relacionados ao tratamento.

Bem, estas grandes mulheres provaram que é possível sim, lutar contra o câncer até o final e não perder a autoestima.

Esta campanha mostra que o câncer de mama pode ser vencido sem perder a autoestima feminina.

Faça parte da campanha Viva Melhor!

Cadastre-se em nosso site para ter acesso aos depoimentos em primeira mão no seu e-mail, clique aqui.

Acesse nossa página no facebook, lá você terá acesso aos depoimentos semanais de cada mulher, e também terá acesso à página que conterá todos os depoimentos, e se você desejar, te enviaremos todos por e-mail para que possa compartilhar com todos que você conhece.

Quanto mais pessoas envolvidas nesta campanha, mais mulheres lutando contra o câncer de mama sem perder a autoestima.

Conheça o Grupo Viva Melhor.

 

Tudo sobre o Câncer Feminino (Trilha de Conteúdo)

Como funciona o tratamento de quimioterapia?

quimioterapia

A quimioterapia é o método que utiliza compostos químicos chamados quimioterápicos, no tratamento de doenças causadas por agentes biológicos. Quando aplicada ao câncer, a quimioterapia é chamada de quimioterapia antineoplásica ou quimioterapia antiblástica.

Os quimioterápicos são drogas tóxicas para células que estão se proliferando. Uma vez que os tecidos tumorais costumam apresentar um índice proliferativo maior que os tecidos saudáveis, estas drogas podem ser utilizadas como tratamento contra o câncer.

Além disso, os tecidos tumorais não possuem a organização e capacidade de regeneração dos tecidos saudáveis, por isso precisariam de mais tempo para se recuperar dos efeitos tóxicos da quimioterapia.

Desta forma, ao administrarmos a quimioterapia em ciclos, procuramos dar o tempo exato de intervalo para que os tecidos saudáveis se regenerem da agressão da quimioterapia, sem que haja tempo para que o tecido tumoral se recupere plenamente. Desta forma, esperamos enfraquecer o câncer progressivamente a cada ciclo, veja na figura abaixo:

ciclos da quimioterapia

 

Em um tratamento quimioterápico, muitas vezes são combinadas drogas que agem de forma complementar para obter um resultado melhor.

Estes medicamentos se misturam com o sangue e são levados a todas as partes do corpo, destruindo as células doentes que estão formando o tumor e impedindo, também, que elas se espalhem pelo corpo.

O paciente pode receber a quimioterapia como tratamento único ou aliado a outros, como radioterapia e/ou cirurgia.

Como é feito o tratamento?

Com base em uma prescrição médica, o tratamento é preparado por um farmacêutico e administrado por enfermeiros especializados, podendo ser feito das seguintes maneiras:

– Via oral (pela boca): o paciente ingere pela boca o medicamento na forma de comprimidos, cápsulas e líquidos. Pode ser feito em casa.

– Intravenosa (pela veia): a medicação é aplicada, diretamente, na veia ou por meio de cateter (um tubo fino colocado na veia), na forma de injeções ou dentro do soro.

– Intramuscular (pelo músculo): a medicação é aplicada por meio de injeções no músculo.

– Subcutânea (pela pele): a medicação é aplicada por injeções, por baixo da pele.

-Intracranial (pela espinha dorsal): menos frequente, podendo ser aplicada no líquor (líquido da espinha), pelo próprio médico..

– Tópico (sobre a pele ou mucosa): o medicamento (líquido ou pomada) é aplicado na região afetada.

Quanto tempo demora todo o tratamento?

A duração do tratamento é planejada de acordo com o tipo de tumor e varia em cada caso. As sessões de quimioterapia podem durar poucos mitos ou perdurar ao longo de dias. Neste último caso o paciente vai para casa e recebe a quimioterapia através de cápsulas/ comprimidos ou vai com um dispositivo que permite a administração da droga aos poucos na veia (bomba infusora portátil).

Como é feita uma aplicação de quimioterapia?

Geralmente a quimioterapia é feita através da administração de um soro na veia, enquanto o paciente permanece sentado em uma poltrona apropriada. Na maioria dos casos não há a necessidade de internação e o paciente pode ir para casa após poucas horas.

Enquanto recebe o tratamento o paciente pode conversar com seu acompanhante, ler, ver televisão ou utilizar dispositivos eletrônicos. Se tiver fome ou sede, também pode se alimentar.

A depender do tipo de quimioterapia, o tratamento pode ser administrado em um único dia a cada ciclo, ou ser dividido em doses menores ao longo de mais de um dia.

Alguns regimes de quimioterapia são administrados com intervalos de 21 dias, 15 dias ou 1 semana. Existem ainda aqueles que são administrados a cada 28 dias. Antes de cada ciclo o paciente deve ser examinado pelo médico que avaliará a tolerância ao tratamento, bem como sua eficácia.

A quimioterapia não causa dor. O paciente deve sentir apenas a “picada” da agulha na pele. Algumas vezes, certos remédios podem causar uma sensação de desconforto, queimação na veia ou placas avermelhadas na pele, como urticária. O médico deve ser, imediatamente, avisado de qualquer reação.

É necessário mudar a rotina diária durante o tratamento?

Não. O paciente pode manter as atividades de trabalho normais, devendo comunicar ao médico qualquer reação do tratamento.

– Sono: é importante dormir bem e repousar, principalmente após receber a aplicação. Isso porque, um corpo descansado responde melhor ao tratamento e ajuda a reduzir os efeitos desagradáveis que ele pode causar.

– Outros medicamentos: o paciente deve informar ao médico se possui outro problema de saúde e se toma outros remédios.

– Bebidas alcoólicas: são permitidas, desde que ingeridas em pequenas quantidades. É proibido tomar bebidas alcoólicas poucos dias antes ou poucos dias após receber a aplicação da quimioterapia; também não deve consumir bebidas alcoólicas o paciente que estiver tomando antibióticos, tranquilizantes ou remédios para dormir.

– Queda dos cabelos: caso ocorra, é importante saber que o cabelo voltará a crescer quando acabar o tratamento ou até mesmo antes. Para contornar esse desconforto, podem ser usados bonés, perucas, lenços etc.

– Menstruação: as mulheres que menstruam podem apresentar algumas alterações no ciclo menstrual, o fluxo de sangue do período pode aumentar, diminuir ou parar completamente. Se isto acontecer, o médico responsável deve ser comunicado. No entanto, após o término do tratamento, o ciclo menstrual retornará ao normal.

– Tratamento dentário: só deve ser feito mediante autorização do médico.

– Atividades sexuais: a quimioterapia não interfere nem prejudica as relações sexuais, que podem ser mantidas normalmente. Vale ressaltar que a gravidez deve ser evitada durante o tratamento. Por isso, homens e mulheres devem usar preservativo (camisinha) em todas as relações sexuais, e as mulheres também devem usar pílulas anticoncepcionais se o médico prescrever.

 

Quais os efeitos colaterais da quimioterapia?

Alguns efeitos indesejáveis podem ocorrer e geralmente estão relacionados com o efeito tóxico dos quimioterápicos sobre os tecidos normais. Justamente os órgãos e tecidos com maior proliferação são aqueles que sentem mais o tratamento.

Por isso é comum que o cabelo caia, que as unhas fiquem mais fracas e quebradiças, que o paciente se sinta franco pela redução dos glóbulos vermelhos (anemia) e fique mais sujeito a infecções (queda dos glóbulos brancos, em especial os neutróficlos). O paciente pode apresentar ainda diarréia e aftas na boca, pois as células das mucosas estão em constante proliferação e sentem os efeitos da quimioterapia.

Saiba o que fazer em cada situação.

– Fraqueza: o paciente deve evitar esforço excessivo e aumentar as horas de descanso. Para tanto, pode dividir com alguém as atividades caseiras e combinar um melhor horário de trabalho.

-Diarreia: o médico irá receitar medicamentos próprios para combater a diarreia, o que pode ser ajudado com a ingestão de líquidos e de alimentos como arroz, queijo, ovos cozidos, purês e banana, que ajudam a “segurar” o intestino. O paciente deve se lavar com delicadeza após cada episódio de diarreia e consultar-se com o nutricionista.

– Perda de peso: alimentos como gemadas, milk-shakes, queijo, massas e carnes, ajudam a aumentar seu peso, e devem ser ingeridos principalmente no intervalo entre uma aplicação e outra. O paladar pode ficar alterado, por isso experimente os alimentos em busca daqueles que caem melhor. Dentre as comidas tidas como saudáveis, nenhuma está proibida. Coma aquilo que tiver vontade.

– Aumento de peso: neste caso, o paciente deve reduzir a quantidade de alimentos, diminuir ou cortar o sal da alimentação e comer mais frutas. O ideal é ser acompanhado por um nutricionista.

– Feridas na boca: para minimizar esse efeito, deve-se manter a boca sempre limpa, e evitar usar escova de dente duras e prótese dentária mal ajustadas. O enxague deve ser feito com água filtrada e uma colher de chá de bicarbonato (bochechar, gargarejar e cuspir 3x/dia). É indicado comer alimentos pastosos, sopas ou sucos, alimentos gelados (sorvetes, refrigerantes, gelatina) ajudam a anestesiar a boca.

– Queda de cabelos e outros pelos do corpo: para contornar essa situação passageira, podem ser utilizadas perucas, lenços e demais acessórios para melhorar o visual.

-Enjoo: o paciente deve comer em pequenas quantidades e com mais frequência. Balas à base de hortelã, água mineral gelada com limão, bebidas com gás e sorvetes ajudam a melhorar este tipo de desconforto.

– Vômitos: evitar alimentos com muito tempero ou muito gordurosos (é bem aceita pipoca sem gordura) e bebidas alcoólicas; tomar os remédios para enjoo e vômito que forem receitados pelo médico; comer algo leve antes da aplicação e dormir após.

– Tonturas: o paciente deve vir acompanhado para as sessões da quimioterapia e após a aplicação, deve descansar, evitando passeios.

 

Existem cuidados especiais para o paciente em tratamento?

Ao fazer a barba, o paciente deve ter cuidado para não se cortar (se possível, usar barbeador elétrico). Nas mãos, evitar retirar cutículas e cuidado ao cortar as unhas.

Caso sinta ressecamento da pele ou descamação, pode passar hidratante que não contenha álcool.

Não usar desodorantes que contenham álcool.

Alguns medicamentos, quando administrados fora da veia, podem causar lesões do tipo queimaduras, que quando não tratadas, podem causar algumas complicações. Podem surgir dores, queimação, inchaço, vermelhidão no braço e outros sintomas, que podem ser sentidos durante a injeção ou algum tempo (até dias) depois. Caso isso aconteça, a equipe médica deve ser avisada imediatamente.

 

Em que situações o paciente em tratamento deve procurar o médico?

O paciente deve procurar seu médico, imediatamente, em caso de:

– Febre igual ou acima de 38°C;

– Manchas ou placas avermelhadas no corpo;

– Sensação de dor ou ardência ao urinar;

– Dor em qualquer parte do corpo inexistente antes do tratamento;

– Sangramentos que demoram a estancar;

– Falta de ar ou dificuldade de respirar;

– Diarreia por mais de dois dias ou de forte intensidade.

– Feridas na boca/ aftas que o impeça de comer.

A cada volta, o enfermeiro ou médico devem ser informados sobre tudo o que o paciente sentiu depois que recebeu a Quimioterapia.

Fonte: INCA

Como funciona o tratamento de radioterapia?

radioterapia

Muitas pessoas se assustam ao ouvirem o termo “radioterapia”, e o associam a uma medida drástica na tentativa de salvar a vida de um paciente com câncer, mas podemos afirmar que a radioterapia não é uma medida drástica e sim, uma medida prática no combate as células cancerígenas.

Para que você entenda melhor, desenvolvemos este artigo com as informações necessárias em relação à radioterapia. Confira abaixo:

Para começo de papo:

A radioterapia é um dos métodos capazes de destruir células tumorais, empregando feixe de radiações ionizantes. Uma dose pré-calculada de radiação é aplicada, em um determinado tempo, a um volume de tecido que engloba o tumor, buscando erradicar todas as células tumorais, com o menor dano possível às células normais circunvizinhas, à custa das quais se fará a regeneração da área irradiada.

As radiações ionizantes são eletromagnéticas ou corpusculares e carregam energia. Ao interagirem com os tecidos, dão origem a elétrons rápidos que ionizam o meio e criam efeitos químicos como a hidrólise da água e a ruptura das cadeias de ADN. A morte celular pode ocorrer, então, por variados mecanismos, desde a inativação de sistemas vitais para a célula até sua incapacidade de reprodução.

A resposta dos tecidos às radiações depende de diversos fatores, tais como a sensibilidade do tumor à radiação, sua localização e oxigenação, assim como a qualidade e a quantidade da radiação e o tempo total em que ela é administrada.

Para que o efeito biológico atinja maior número de células neoplásicas e a tolerância dos tecidos normais seja respeitada, a dose total de radiação a ser administrada é, habitualmente, fracionada em doses diárias iguais, quando se usa a terapia externa.

Radiossensibilidade e radiocurabilidade

A velocidade da regressão tumoral representa o grau de sensibilidade que o tumor apresenta às radiações. Depende, fundamentalmente, da sua origem celular, do seu grau de diferenciação, da oxigenação e da forma clínica de apresentação. A maioria dos tumores radiossensíveis são radiocuráveis. Entretanto, alguns se disseminam independentemente do controle local; outros apresentam sensibilidade tão próxima a dos tecidos normais, que esta impede a aplicação da dose de erradicação. A curabilidade local só é atingida quando a dose de radiação aplicada é letal para todas as células tumorais, mas não ultrapassa a tolerância dos tecidos normais.

Indicações da radioterapia

Como a radioterapia é um método de tratamento local e/ou regional, pode ser indicada de forma exclusiva ou associada a outros métodos terapêuticos. Em combinação com a cirurgia, poderá ser pré, per ou pós-operatória. Também pode ser indicada antes, durante ou logo após a quimioterapia.

A radioterapia pode ser radical (ou curativa) quando se busca a cura total do tumor; remissiva, quando o objetivo é apenas a redução tumoral; profilática, quando se trata a doença em fase subclínica, isto é, não há volume tumoral presente, mas possíveis células neoplásicas dispersas; paliativa, quando se busca a remissão de sintomas tais como dor intensa, sangramento e compressão de órgãos; e ablativa, quando se administra a radiação para suprimir a função de um órgão, como, por exemplo, o ovário, para se obter a castração actínica.

Veja abaixo algumas perguntas frequentes com relação à radioterapia:

O que é radioterapia?

É um tratamento no qual se utilizam radiações para destruir um tumor ou impedir que suas células aumentem. Estas radiações não são vistas e durante a aplicação, o paciente não sente nada. A radioterapia pode ser usada em combinação com a quimioterapia ou outros recursos usados no tratamento dos tumores.

Quais os benefícios da radioterapia?

Metade dos pacientes com câncer são tratados com radiações, e é cada vez maior o número de pessoas que ficam curadas com este tratamento. Para muitos pacientes, é um meio bastante eficaz, fazendo com que o tumor desapareça e a doença fique controlada, ou até mesmo curada.

Quando não é possível obter a cura, a radioterapia pode contribuir para a melhoria da qualidade de vida, isso porque as aplicações diminuem o tamanho do tumor, o que alivia a pressão, reduz hemorragias, dores e outros sintomas, proporcionando alívio aos pacientes.

Link Sugerido: Conheça 10 Mitos e 10 Verdades sobre o câncer

Como é feita a radioterapia?

O número de aplicações necessárias pode variar de acordo com a extensão e a localização do tumor, dos resultados dos exames e do estado de saúde do paciente.

Para programar o tratamento, é utilizado um aparelho chamado simulador. Através de radiografias, o médico delimita a área a ser tratada, marcando a pele com uma tinta vermelha. Para que a radiação atinja somente a região marcada, em alguns casos pode ser feito um molde de gesso ou de plástico, para que o paciente se mantenha na mesmo posição durante a aplicação.
O paciente ficará deitado sob o aparelho, que estará direcionado para o traçado sobre a pele. É possível que sejam usados protetores de chumbo entre o aparelho e algumas partes do corpo, para proteger os tecidos e órgãos sadios.

De acordo com a localização do tumor, a radioterapia é feita de duas formas:

– Os aparelhos ficam afastados do paciente, sendo chamada de Teleterapia ou Radioterapia Externa.

– Os aparelhos ficam em contato com o organismo do paciente, sendo chamada Braquiterapia ou Radioterapia de Contato. Esse tipo trata tumores da cabeça, do pescoço, das mamas, do útero, da tiroide e da próstata. As aplicações podem ser feitas em ambulatório, mas no caso de tumores ginecológicos, há necessidade de hospitalização de pelo menos três dias. Pode ser necessário receber primeiro a Radioterapia Externa e depois a Braquiterapia.

Quais os possíveis efeitos da radioterapia e o que fazer quando surgirem?

A intensidade dos efeitos da radioterapia depende da dose do tratamento, da parte do corpo tratada, da extensão da área radiada, do tipo de radiação e do aparelho utilizado. Geralmente, aparecem na terceira semana de aplicação e desaparecem poucas semanas depois de terminado o tratamento, podendo durar mais tempo. Os efeitos indesejáveis mais frequentes são:

– Cansaço: o paciente deve diminuir as atividades e descansar nas horas livres. Algumas pessoas preferem se afastar do trabalho, outras trabalham menos horas no período de tratamento.

– Perda de apetite e dificuldade para ingerir alimentos: é recomendável comer pouco e em mais vezes. O paciente deve ingerir coisas leves e variar a comida para melhorar o apetite. Fazer uma caminhada antes das refeições também ajuda. Em alguns casos, a saliva torna-se mais espessa e altera o sabor dos alimentos, mas após o término do tratamento, o paladar irá melhorar.

– Reação da pele: A pele que recebe radiação poderá coçar, ficar vermelha, irritada, queimada ou bronzeada, tornando-se seca e escamosa. É importante informar ao médico, durante as consultas de revisão, qualquer das seguintes situações: febre igual ou acima de 38°C, dores, assaduras e bolhas ou secreção na pele. Alguns cuidados podem reduzir essas sensações:

– Lavar a área com água e sabão, e enxugar com uma toalha macia, sem esfregar;

– Não usar na área em tratamento, cremes, loções, talcos, desodorantes, perfumes, medicações ou qualquer outra substância não autorizada pelo médico. Isso pode alterar a reação da radioterapia;

– Utilizar qualquer tipo de curativo na pele (como gaze ou band-aid) com a orientação médica;

– Não utilizar sacos de água quente ou gelo, saunas, banhos quentes, lâmpadas solares ou qualquer outro material sobre a pele em tratamento;

– Proteger a pele da luz solar até um ano depois do fim do tratamento, usando protetor solar fator 15 ou uma blusa/camiseta.

– Evitar usar roupas apertadas, soutiens, camisas com colarinhos, calças jeans etc.; não usar tecidos sintéticos do tipo nylon, lycra, cotton ou tecidos mistos com muita fibra sintética. A roupa deve ser feita de algodão.

Fonte: INCA.

Câncer de pulmão – Prevenção, sintomas e diagnóstico

No fim do século XX, o câncer de pulmão se tornou uma das principais causas de morte. Para o ano de 2016, a estimativa de novos casos é de: 28.220, sendo 17.330 homens e 10.890 mulheres
Em 2013 o número de mortes foi de: 24.490, sendo 14.811 homens e 9.675 mulheres.

Prevenção

O consumo de derivados do tabaco está na origem de 90% dos casos de câncer de pulmão, independentemente do tipo.

Não fumar é o primeiro cuidado para prevenir o câncer de pulmão, esta ação permite a redução do número de casos (incidência) e de mortalidade.

Comparados com os não fumantes, os tabagistas têm cerca de 20 a 30 vezes mais riscos de desenvolver câncer de pulmão. Em geral, as taxas de incidência em um determinado país, refletem seu consumo de cigarros.

Manter alto o consumo de frutas e verduras é recomendado. Deve-se evitar, ainda, a exposição a certos agentes químicos (como o arsênico, asbesto, berílio, cromo, radônio, urânio, níquel, cádmio, cloreto de vinila e éter de clorometil), encontrados principalmente no ambiente ocupacional.

Exposição à poluição do ar, infecções pulmonares de repetição, deficiência e excesso de vitamina A, doença pulmonar obstrutiva crônica (enfisema pulmonar e bronquite crônica), fatores genéticos (que predispõem à ação carcinogênica de compostos inorgânicos de asbesto e hidrocarbonetos policíclicos aromáticos) e história familiar de câncer de pulmão favorecem o desenvolvimento desse tipo de câncer.

Sintomas

Os sintomas mais comuns do câncer de pulmão são:

  • Tosse
  • Dor no peito
  • Rouquidão
  • Perda de apetite
  • Falta de ar
  • Fadiga
  • Tosse com expectoração contendo sangue
  • Infecções

 

Infelizmente, no câncer de pulmão a maioria dos sintomas aparecem nas fases mais avançadas da doença.

Nos fumantes, o ritmo habitual da tosse é alterado e aparecem crises em horários incomuns para o paciente. Pneumonia de repetição pode, também, ser a manifestação inicial da doença.

Diagnóstico

A maneira mais fácil de diagnosticar o câncer de pulmão é através de raio-X do tórax, complementado por tomografia computadorizada. A broncoscopia (endoscopia respiratória) deve ser realizada para avaliar a árvore traquebrônquica e, eventualmente, permitir a biópsia. É fundamental obter um diagnóstico certeiro, seja pela citologia ou patologia.

Uma vez obtida a confirmação da doença, é feito o estadiamento, que avalia o estádio de evolução, ou seja, verifica se a doença está restrita ao pulmão ou disseminada por outros órgãos. O estadiamento é feito através de vários exames de sangue e radiológicos, como dosagens enzimáticas, tomografias e PET Scan/CT.

Do ponto de vista anatomo-patológico, o câncer de pulmão é classificado em dois tipos principais: pequenas células e não-pequenas células (85%). O tumor de não-pequenas células corresponde a um grupo heterogêneo composto de três tipos histológicos principais e distintos: carcinoma epidermóide, adenocarcinoma e carcinoma de grandes células.

A expressão tumor oat cell , que corresponde aos tumores do grupo de pequenas células, ganhou importância na linguagem médica por ser um subtipo especial de câncer pulmonar. As principais características são: rápido crescimento, grande capacidade de disseminação e invasão cerebral frequente. Apesar do alto grau de resposta ao tratamento, apresenta baixo percentual de cura.

Fonte: INCA

 

Maria Cláudia – Conte sua história

câncer

O projeto Conte sua História traz mais um depoimento emocionante e muito inspirador da luta contra o câncer de mama da nossa paciente Maria Cláudia. Este depoimento tem início em um autoexame das mamas e finaliza em uma mulher que, além de vencer o câncer de mama, teve a iniciativa de ajudar outras pessoas na luta e na conscientização do sexo feminino com relação ao câncer de mama e a realização do autoexame.

O Projeto Conte sua história tem inciativa do Centro de Oncologia do ABC e é apoiado pelo Grupo Viva Melhor, para saber mais sobre o Grupo Viva Melhor clique aqui:

Você ainda pode ver mais depoimentos em nosso canal no Youtube, para ver mais clique aqui.

Veja abaixo a história de luta e vitória desta grande mulher:

Apresentação da Maria Cláudia:

conte sua historia

“Bem, sou a Maria Claudia, tenho atualmente 34 anos e descobri um câncer, aos 30 anos, exatamente dia 04 de julho de 2011. Sinceramente, não esperava um dia passar por essa situação, e no dia da notícia, me senti caindo diretamente dentro de um buraco sem fim. Lembro como se fosse hoje, chegando em casa, tinha todos os meus familiares, dando força à mim, ao meu marido e aos meus pais e irmão. Bem, dizer que foi fácil, isso não foi, mas  essa doença traz também benefícios para nossas vidas, pois nos tornamos pessoas mais fortes, determinadas e tudo isso renova nossa fé. Fiz oito quimioterapias depois da cirurgia e mais 30 radioterapias. Antes de iniciar o tratamento, por indicação do Dr. Daniel, realizei o congelamento de sete embriões, pois, infelizmente, ainda não tinha filhos. Fiquei careca, inchada, mas isso não me entristeceu, afinal sabia que depois de tudo isso, iria voltar a ser aquela pessoa forte e determinada. Não parei de trabalhar durante o meu tratamento, ação que me ajudou muito. Depois da radioterapia, convidei o Dr. Daniel e a Dra. Andreia para realizar palestras na empresa na qual trabalho, divulgando a importância da prevenção do câncer de mama para as mulheres. Foi algo muito bom para mim e para todas que puderam participar. Hoje continuo meu tratamento, tomando medição e se Deus permitir, em breve, espero poder estar grávida, que é uns dos meus sonhos. Com tudo isso, hoje sou grata pela família que tenho, pela minha saúde, e por Deus ter colocado na minha vida os anjos da clínica de Oncologia do ABC, em especial o Dr. Daniel, Dra. Andreia e as enfermeiras, Elaine e Valéria, pois sem ajuda de todos, tudo ficaria mais difícil.”

Como tudo iniciou:

“Em fevereiro de 2011, fiz um autoexame da mama e senti uma coisa diferente no meu peito, um caroço. Então marquei um mastologista, que passou um ultrassom para fazer e disse que era apenas um cisto. Depois fomos ao mastologista da minha mãe, ele abriu o exame e disse que era só um cisto. Aí, minha mãe pediu um exame de punção, que tira um líquido de dentro do cisto. Só que como era nódulo, não tinha líquido. No dia, ele colocava a agulha e não saía nada. E ele já disse, no dia da ultrassom, que era 30% de chance de ser câncer. Aí, já saí chorando de lá, né, desesperada.

Depois de 15 dias, saiu o resultado da punção, mas foi meio incógnita, não falava o que era. Então, tive de fazer uma segunda punção, que tirava um pedaço do nódulo e aí, depois de 15 dias, em julho, ele (mastologista) deu a notícia.”

O resultado:

“Fomos eu, minha mãe e meu marido ao médico. É difícil de falar. O médico olhou para mim e disse: Olha Cláudia, deu câncer. Eu lembro dele falando: -Fica tranquila, nós faremos tudo que é possível, você vai ficar curada, porque ainda está no início.

Ele também explicou o tratamento: Vai fazer quimioterapia, radioterapia, mas a primeira coisa que a gente vai fazer é a cirurgia. Eu não precisava tirar a mama, mas poderia perder a fertilidade na quimioterapia, então, teria de congelar os meus óvulos.

Tive medo de morrer, de não suportar, é um buraco que abre, parece que você vai cair e não vai mais sair de lá. Quando voltei para casa, em minutos, minha mãe ligou para os familiares e em meia hora, havia 50 pessoas na minha casa.”

A importância do apoio:

câncer

“No final de julho, eu fiz a cirurgia e tirei o nódulo. Antes disso, fiquei uma semana fazendo exame geral, depois fiquei uma semana em casa. Minha família e Deus foram os principais, o maior apoio e meu marido me deixava tranquila, otimista.

Sou casada há quatro anos, e ele é a pessoal mais próxima, tinha que entender que ia ter uma mulher que ia ficar careca, ele foi muito compreensivo. É um choque para a família, sem eles eu não estaria aqui hoje, falando com tanta confiança.”

Pesquisas para saber como seria dali em diante:

“Peguei todos os meus exames e fui procurar o que significava na internet. Fui pesquisar como seria a quimioterapia, a cirurgia, a radioterapia e entrei em blogs de mulheres que tinham câncer, me ajudava, porque eu já sabia o que eu ia passar e tudo que elas diziam,  eu sentia. Era uma forma de já saber o que ia acontecer.”

O tratamento:

“Em setembro, fiz minha primeira quimioterapia. A medicação era colocada na veia e atingia as células ruins e boas, como atinge as boas, o cabelo cai, para de crescer e, em dezembro, foi a última quimioterapia. Depois, fiz 30 sessões de radioterapia, e ia todos os dias, de segunda a sexta. Chegava no hospital, ficava dois minutos em uma máquina que direcionava o laser, uma radiação para a mama, e se tiver alguma célula ainda cancerígena, a radioterapia mata, tudo para resguardar.

Atualmente de 21 em 21 dias, eu vou ao médico tomar uma medicação na veia. Ela é específica para o meu tipo de câncer, que não o deixa proliferar. Durante cinco anos, eu vou tomar o remédio todas as noites, também específico para o câncer de mama.”

O cabelo

“Primeiro, eu cortei curtinho, foi triste. O médico indicou cortar aos poucos, depois de 16 dias da primeira quimioterapia, fui tomar banho, passei a mão na cabeça e saíram tufos de cabelo, resolvi raspar, e chorei, mas quis me livrar logo. Foi melhor do que quando cortei curto, saí de lenço e me acostumei.

Em fevereiro de 2012, começou a crescer cabelo novamente, fiquei com medo de não nascer mais, pois caiu tudo: na perna, no braço e dos olhos. Meu marido raspou o cabelo junto comigo. No dia que eu raspei, ele me encontrou com a cabeça raspada também e quando começou a nascer em fevereiro, ele raspou de novo, disse que iam crescer juntos. Foi bem legal!”

A mente ocupada

“Eu consegui trabalhar e isso me ajudou muito. O médico só disse para eu evitar ficar em ambientes com muitas pessoas e me preocupar com a refeição – tinha de trazer marmita. Trabalhando eu desvinculava o câncer da minha cabeça, e isso ajudou muito. Eu levava atividade pra fazer em casa quando estava afastada, e fez com que passasse um pouco mais rápido.

Na faculdade, o pessoal deu muito apoio, eu ficava perto da janela, e quem ficava gripado, ficava longe. Os professores entenderam, fiz e apresentei o TCC. Esse apoio foi bem importante para eu manter a mente ocupada.”

câncerForça e vontade de mudar

“Todos os dias, eu me apegava muito à oração,  nossa senhora, e minha mãe. Minha mãe é uma “anja”, sempre comigo, e nunca me deixava sozinha. Depois, meu marido e meu pai, eles me passavam muita força! Sem oração e sem fé a gente não consegue. Se você não tem fé, você não aguenta, você desaba, tem que crer.

E eu falo pra você, tudo passa na vida da gente, o resultado de tudo isso foi força. A gente deixa de dar valor às coisas sem importância  e depois só vem a alegria, alegria de você contar. Eu não via a hora de poder contar que tudo passou, dar informações para as meninas, esse era o meu objetivo. Isso me motivava também, poder ajudar outras pessoas, cada vez me deixava mais forte. No momento em que as pessoas estão caídas, é chegar e dizer: fica calma, vai dar tudo certo, porque dá.”

Palestra

“Essa foi uma promessa que eu fiz: passar informações à todos. O que eu passei não ia ficar comigo, não, então resolvi organizar uma palestra na empresa da qual trabalho sobre prevenção de câncer. Falei no RH, me liberaram e eu trouxe meu médico para a matriz. Tinha vontade de passar para outros a importância dos exames, a importância de examinar, de procurar médico uma vez ao ano. Foi bem emocionante. Eu contei toda a minha história, passava fotos, via eu, minha família, foi bem legal!”

Uma mensagem para as mulheres

“Bem, se hoje pudesse dar uma palavra de apoio às mulheres com esse tipo de doença, eu diria, simplesmente, que tenham fé e força, que tudo passa nas nossas vidas, e que no final, saímos mais fortes e seguras para viver ainda mais com quem amamos.”

Veja mais depoimentos em nosso canal no Youtube, compartilhe esses depoimentos em suas redes sociais. A história de uma pessoa pode salvar milhões de vidas!

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